Sandra Regina Ruiz Gomes, o Sandrão, não aprova a forma com que foi retratado em “Tremembé”, do Prime Video. Em entrevista ao programa “Domingo Espetacular”, da Record TV, o ex-detento e seu advogado revelaram que vão lutar pela suspensão da série.
O advogado relata que as cenas que trazem o flashback do crime cometido por Sandrão não condizem com a realidade e podem agravar sua situação jurídica. Ele foi condenado a 27 anos de prisão por participação no sequestro de um jovem de 14 anos.
A série mostra que Sandra deu a arma do crime ao assassino do menor, mas a defesa garante que a única participação foi na ligação feita aos familiares. "A verdade é que ela é ligada ao crime, mas sua participação é a ligação, foi provado no processo. A série mostra que ela dá a arma a um menor de idade, isso agrava a penalidade", diz o advogado.
Sandrão teria ligado para os familiares da vítima com um pedido de R$ 30 mil pelo resgate. Os pais do jovem, no entanto, tinham apenas R$ 3 mil. Ele foi morto com um tiro na cabeça mesmo após o contato.
Para o advogado de Sandrão, “Tremembé” "trouxe um clamor social e trouxe também uma sensação de fazer justiça", mas coloca a vida de sua cliente em risco.
Hoje em regime aberto, Sandrão relata que tem sofrido ataques após a exibição de “Tremembé”. Ele diz que é reconhecido nas ruas. “Eu não consigo mais ir a um lugar sem me reconhecerem. As pessoas estão com ódio de mim”, desabafou.
Sandrão reflete que vive uma espécie de segunda condenação, agora, da opinião pública, por conta do sucesso da série. "Eu já paguei pelo meu crime e estão me fazendo pagar novamente."
O condenado também acusa a Prime Video de “lucrar com sua imagem”. “Usaram a mim, a minha pessoa, para conseguirem lucrar com meu nome e minha imagem", disparou.
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